
Análise dos eventos econômicos e dos relatórios corporativos para domingo, 2 de novembro de 2025. Reunião da OPEP+, relatórios da Palantir, Vertex e Williams Companies, expectativas do PMI da China e da zona do euro, além de previsões para investidores no início da semana.
O domingo antecipa uma semana movimentada para os mercados globais. Investidores da Rússia e da CEI estarão atentos à reunião online dos países da OPEP+ sobre a produção de petróleo e considerarão a transição dos EUA para o horário de verão. As bolsas da CEI e da Europa estarão fechadas neste domingo, no entanto, analistas destacam os dados do PMI da China e da zona do euro que serão divulgados na segunda-feira.
Calendário Macroeconômico (MSK)
- 02:00 – EUA: mudança para o horário de verão padrão (os relógios são atrasados em uma hora).
- 03:00 – OPEP+: reunião online dos países membros (possível discussão sobre aumento da produção de petróleo em dezembro).
Petróleo e commodities: OPEP+
Os países da OPEP+ realizarão hoje uma reunião virtual. Segundo informações preliminares, o grupo está inclinado a um pequeno aumento na produção de petróleo em dezembro (+137 mil barris/dia). Essa decisão servirá de sinal para o mercado: após a queda dos preços no final de outubro, o aumento da produção poderá pressionar os preços do Brent e WTI. Empresas de energia e exportadores de petróleo estão atentos aos resultados da reunião, uma vez que a alteração das cotas altera o equilíbrio da oferta e demanda mundial.
Demanda do Consumidor: PMI da China e da Zona do Euro
Na segunda-feira, serão divulgados os PMIs de outubro da China e da zona do euro. Esses índices antecipam a condição real da economia: um aumento no PMI reflete uma recuperação na produção e na demanda por exportações. Para os investidores da CEI, as estatísticas chinesas são essenciais - elas impactam os preços de metais e petróleo, e, consequentemente, o rublo. A publicação dos PMIs da zona do euro permitirá avaliar a recuperação da economia europeia. Dados robustos podem sustentar ativos de risco, enquanto resultados fracos podem intensificar o fluxo para mercados "protetores" (dólar, ouro).
Relatórios Corporativos
- EUA (S&P 500): na segunda-feira, após o fechamento do mercado, relatarão seus resultados a Palantir (TI), Vertex Pharmaceuticals (farmacêutica), Diamondback Energy e Williams Companies (energia), além do Simon Property Group (varejo). Seus dados e previsões podem gerar volatilidade em seus setores.
- Europa (Euro Stoxx 50): a maior parte dos "blue chips" já apresentou relatórios no final de outubro. Não são esperados novos grandes lançamentos, portanto, os índices reagirão principalmente às notícias macroeconômicas e à dinâmica das moedas.
- Ásia (Nikkei 225 e outros): neste fim de semana e início da semana, relatarão seus resultados a Bharti Airtel (Índia, telecomunicações), Westpac Banking (Austrália) e Titan Company (Índia, bens de consumo). No Japão, a temporada de relatórios continua: exportadores chave (Toyota, Hitachi e outros) publicarán seus resultados um pouco mais tarde, sustentando a demanda por ações.
- Rússia (MOEX): a bolsa de Moscovo estará fechada no domingo, mas os investidores se baseiam no ambiente externo. Nos próximos dias, os conselhos de administração do "Polyus" e do "Acron" definirão os dividendos, e os relatórios do RAS de grandes empresas deverão ser divulgados até o final de novembro.
Outras Regiões e Índices: S&P 500, Euro Stoxx 50, Nikkei 225, MOEX
- EUA (S&P 500): os índices estão negociando em níveis recordes, a maioria das empresas já apresentou resultados. Os investidores transitam sua atenção para a política da Reserva Federal: espera-se uma redução na taxa na próxima reunião.
- Zona do Euro (Euro Stoxx 50): os mercados estão em máximas históricas. O foco está na reunião do BCE (uma pausa nas taxas é esperada) e no cenário noticioso (espera-se progresso nas negociações comerciais EUA-China).
- Japão (Nikkei 225): o índice recentemente atingiu um máximo histórico (o pico de outubro foi em torno de 52.000). A fraqueza do iene e os fortes relatórios das empresas voltadas para exportação sustentam o mercado de ações.
- Rússia (MOEX): não há negociações, mas o índice de ações e o rublo dependem do petróleo e da geopolítica. Durante a semana, os investidores estarão atentos às notícias sobre petróleo, à Reserva Federal e decisões sobre os dividendos do "Polyus" e do "Acron".
Resumo do Dia: O que o Investidor Deve Ficar Atento
- OPEC+: a decisão sobre as cotas é um motor chave dos preços do petróleo. Espera-se um pequeno aumento na produção (+137 mil barris/dia), o que pode impactar os preços do Brent e WTI.
- Transição para o Horário de Inverno: a mudança de horário nos EUA pode aumentar a volatilidade de curto prazo nos mercados de câmbio e dívida no início da semana.
- PMI da China e Europa: indicadores importantes da demanda global. O aumento nos índices sustentará ativos de risco e commodities, enquanto um desempenho fraco fortalecerá o dólar e o ouro.
- Mercado Russo: a bolsa de Moscovo está fechada, mas o foco dos investidores é no ambiente externo. Os dividendos do "Polyus" e do "Acron" e as decisões da Reserva Federal/BCE definirão o sentimento no mercado rublo.
- Relatórios Corporativos: Palantir, Vertex, Williams, Diamondback e outros apresentarão resultados nesta semana. Seus resultados podem gerar volatilidade nos setores de TI, farmacêutica e energia.
- Gestão de Risco: a saturação de dados exige cautela: recomenda-se definir limites nas posições com antecedência e, se necessário, fazer hedge da carteira.