
O mercado de criptomoedas se recupera: o Bitcoin permanece acima de US$ 100.000, Ethereum e altcoins crescem, investidores institucionais mantêm a confiança. Análise e revisão das 10 principais criptomoedas em 11 de novembro de 2025.
O mercado de criptomoedas está se recuperando gradualmente após a correção no início de novembro: o Bitcoin novamente se mantém acima da marca psicológica de US$ 100 000, enquanto os principais altcoins se estabilizaram e estão em alta junto com ele. Os investidores demonstram um otimismo cauteloso diante da melhora das condições macroeconômicas (fim da crise orçamentária nos EUA e sinais de flexibilização da política da Reserva Federal), mas permanecem vigilantes à espera da publicação de dados importantes sobre inflação. A capitalização total do mercado de criptomoedas voltou a cerca de US$ 3,6 trilhões, recuperando uma parte significativa das perdas recentes. O índice de "medo e ganância" permanece na zona de "medo" (cerca de 30), refletindo o sentimento cauteloso dos participantes do mercado.
Bitcoin se recupera após correção
A criptomoeda principal, Bitcoin (BTC), parcialmente recuperou as perdas após uma queda acentuada no início do mês. Na noite de 5 de novembro, o preço do BTC caiu pela primeira vez desde o verão abaixo de US$ 100 000 (até cerca de US$ 98 000), provocando uma onda de liquidações de posições. Isso ocorreu em meio ao agravamento da política monetária: a Reserva Federal sinalizou a possibilidade de aumento da taxa em dezembro, e o Banco Central da China reduziu a liquidez, provocando a saída de fundos de ativos de risco em favor do dólar e do ouro.
Até a metade de novembro, o Bitcoin rapidamente retornou acima do nível importante devido a melhorias nas notícias — nos EUA, um shutdown governamental de várias semanas foi encerrado, removendo a incerteza política. Atualmente, o BTC está sendo negociado a cerca de US$ 106 000, aproximadamente 15% abaixo do máximo histórico (~US$ 126 000, alcançado no início de outubro). O mercado está se consolidando na faixa de US$ 100–110 mil: a resistência está na marca de US$ 110 mil, e o suporte — em torno de US$ 100 mil. A fatia do Bitcoin representa cerca de 60% da capitalização total, sublinhando seu papel dominante no mercado de criptomoedas.
Ethereum e altcoins ganham impulso
A segunda maior criptomoeda, Ethereum (ETH), também voltou a crescer. O preço do ETH se mantém em torno de US$ 3 600, afastando-se das mínimas da semana passada (quando o Ether caiu para cerca de US$ 3 100). Os valores atuais estão cerca de 25% abaixo do pico de verão (quase US$ 5 000 em agosto). O Ethereum continua a ser a plataforma básica para finanças descentralizadas (DeFi) e uma variedade de aplicações de blockchain. Após a transição da rede para Proof-of-Stake em 2022, a rede Ethereum se tornou mais eficiente em termos de energia, e o mecanismo de queima de taxas torna seu token um ativo potencialmente deflacionário sob alta carga.
>A maioria dos outros altcoins também está na "zona verde", gradualmente recuperando a queda recente. Moedas maiores como Binance Coin (BNB), XRP, Cardano (ADA) e Solana (SOL) estão crescendo de forma consistente seguindo o líder do mercado. A meme-criptomoeda Dogecoin (DOGE) mantém-se entre as dez maiores. Entre os altcoins de segunda linha, ocorrem saltos acentuados: por exemplo, o preço do Decred (DCR) disparou cerca de 70% em um dia, refletindo o retorno da atividade especulativa (embora esse crescimento rápido geralmente seja rapidamente seguido por correção).
Contexto macroeconômico: taxas e inflação
Fatores macroeconômicos externos continuam a impactar o mercado de criptomoedas. No outono, a retórica dos bancos centrais se tornou mais rígida: a Reserva Federal dos EUA em sua última reunião não cortou a taxa e sinalizou um possível aumento, enquanto o Banco Popular da China restringiu a liquidez. Essas ações aumentaram os temores de superaquecimento da economia e provocaram uma venda de ativos de risco — os rendimentos dos títulos aumentaram e o dólar se valorizou, refletindo negativamente nos ativos digitais.
O término da crise orçamentária nos EUA melhorou um pouco o clima, mas dados novos agora são cruciais. Esta semana, o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA será divulgado para outubro: se a inflação continuar a desacelerar (após 3% anuais em setembro), as expectativas de cortes de taxas em 2025 aumentarão; enquanto um aumento inesperado do indicador fará com que a Reserva Federal mantenha a política rígida por mais tempo. O cenário macroeconômico continua incerto, portanto, cada novo sinal dos reguladores ou da estatística pode impactar consideravelmente o mercado de criptomoedas.
Regulação e aceitação global
O ambiente regulatório está se tornando mais favorável para a indústria. A administração de Donald Trump nos EUA adotou uma postura de apoio às criptomoedas: leis foram aprovadas, esclarecendo o status legal dos ativos digitais, e várias figuras da indústria receberam indulto. No União Europeia, a lei-quadro MiCA está entrando em vigor, estabelecendo regras uniformes para o setor de criptomoedas. Hubs de criptomoedas como os Emirados Árabes Unidos e Singapura continuam a atrair projetos de blockchain com suas regulamentações suaves e benefícios fiscais.
Decisões judiciais individuais e iniciativas de estados também aumentam a confiança dos investidores. A vitória da Ripple em tribunal contra a SEC removeu uma parte significativa da incerteza em torno do XRP e estabeleceu um precedente positivo para o setor. As autoridades do Cazaquistão anunciaram planos para criar uma reserva nacional de criptomoedas de até US$ 1 bilião, demonstrando um crescente interesse em ativos digitais em nível governamental. No geral, esses fatores estão criando um clima positivo para o desenvolvimento futuro do mercado de criptomoedas.
Interesse institucional e fluxo de capital
A partir de 2024, após a aprovação dos primeiros ETFs de Bitcoin spot nos EUA, o interesse de grandes investidores em criptomoedas aumentou. No final de outubro, houve um fluxo recorde de fundos para fundos de criptomoedas — cerca de US$ 450 milhões em uma semana (parte significativa proveniente do ETF de Bitcoin da BlackRock). Mesmo com a queda recente, os investidores institucionais não abandonaram suas posições em massa: o volume total de ativos sob gestão dos maiores fundos de criptomoedas permanece próximo dos máximos. Isso indica a confiança dos grandes players e proporciona estabilidade ao mercado. O aumento da participação do capital institucional melhora a liquidez e gradualmente reduz a volatilidade, reforçando a confiança em ativos digitais entre todas as categorias de investidores.
Top 10 das criptomoedas mais populares
Abaixo estão listadas as dez criptomoedas mais populares e de maior valor no momento, com uma breve descrição de cada uma:
- Bitcoin (BTC) — a primeira e maior criptomoeda, muitas vezes chamada de "ouro digital". Lançada em 2009, tornou-se um meio popular de preservação de valor e proteção contra a inflação. A emissão limitada (21 milhões de moedas) assegura o domínio do Bitcoin no mercado, tornando-o o principal referência de preços.
- Ethereum (ETH) — a segunda criptomoeda em termos de capitalização e a principal plataforma para contratos inteligentes. Serve de base para DeFi e muitas outras aplicações em blockchain, com o token ETH sendo utilizado para pagar taxas na rede. A transição para Proof-of-Stake aumentou a eficiência energética do Ethereum, enquanto a queima de parte das taxas torna-o um ativo potencialmente deflacionário em alta demanda.
- Tether (USDT) — a maior stablecoin, atrelada ao dólar americano (1 USDT ≈ US$ 1). Funciona como um equivalente digital ao dólar no mercado de criptomoedas e é amplamente utilizada por traders para se proteger contra a volatilidade e transferir fundos entre corretoras. A emissão do USDT é garantida por reservas, mantendo a ligação do token a US$ 1.
- Binance Coin (BNB) — o token interno da exchange Binance e ativo básico da blockchain BNB Chain. Utilizado para o pagamento de taxas na corretora (com descontos) e nos serviços do ecossistema Binance. Graças à escala da Binance, a moeda BNB consistentemente figura entre os líderes do mercado por capitalização.
- USD Coin (USDC) — a segunda stablecoin em termos de capitalização, atrelada ao dólar 1:1. Emitida pelo consórcio Centre (Circle e Coinbase), com ênfase na transparência das reservas. O USDC é amplamente utilizado nas finanças descentralizadas e para pagamentos entre plataformas, garantindo estabilidade em torno de US$ 1.
- XRP (Ripple) — o token do sistema de pagamento Ripple, desenvolvido para transferências internacionais rápidas e baratas. Serve como "ponte" entre diferentes moedas fiduciárias e é orientado a bancos e redes de pagamentos. A recente decisão judicial a favor da Ripple contra a SEC eliminou riscos regulatórios e aumentou o interesse pelo XRP.
- Cardano (ADA) — plataforma de blockchain que evolui com uma abordagem científica e rigorosa verificação de código. Permite a emissão de contratos inteligentes e aplicativos descentralizados, utilizando o algoritmo de consenso Ouroboros (Proof-of-Stake). A moeda ADA é utilizada para staking e pagamento de transações.
- Solana (SOL) — blockchain de alta velocidade com baixas taxas, popular entre aplicações DeFi e plataformas NFT. Capaz de processar milhares de transações por segundo, atraindo desenvolvedores de serviços descentralizados. Apesar de interrupções de rede em 2022, a Solana se recuperou e novamente figura entre os principais ativos criptográficos por capitalização.
- Dogecoin (DOGE) — a mais conhecida meme-criptomoeda, que começou como uma piada, mas ganhou enorme popularidade. Possui emissão ilimitada e alta inflação, mas, devido à sua disseminação viral e ao apoio de entusiastas, continua a manter posições elevadas. É utilizada para pagamentos online rápidos e pequenos.
- Tron (TRX) — plataforma de blockchain com alta capacidade de processamento, amplamente utilizada para emissão e movimentação de stablecoins (uma parte significativa do USDT opera na Tron devido às baixas taxas). O token TRX é utilizado para pagamento de transações e operação de aplicativos descentralizados no ecossistema Tron.
Dessa forma, até meados de novembro de 2025, o mercado de criptomoedas se recupera de maneira robusta após os recentes abalos. O Bitcoin e os principais altcoins recuperaram uma parte significativa da queda e estão novamente mirando máximos locais, enquanto o crescente envolvimento de investidores institucionais proporciona estabilidade ao mercado. Os investidores continuam a monitorar atentamente as ações dos reguladores e os indicadores macroeconômicos — e isso em grande parte determinará se a recuperação atual se transformará em um crescimento sustentável do mercado até o final do ano.