Notícias globais sobre startups e investimentos em capital de risco em 16 de setembro de 2025: megaradunas em IA, revigoramento de IPO, novos fundos e negócios-chave em todos os setores para investidores profissionais.
Em meados de setembro de 2025, o mercado global de capital de risco continua a se recuperar de maneira firme após vários anos de queda. Investidores de todas as regiões intensificaram o financiamento de empresas de tecnologia em todas as etapas de desenvolvimento – desde investimentos iniciais até preparações para IPO. Nos primeiros seis meses de 2025, startups da América do Norte atraíram cerca de US$ 145 bilhões, cerca de 43% a mais em comparação ao ano anterior, marcando um recorde desde 2021. Com a melhora na situação macroeconômica e o aumento do interesse por novas tecnologias, a confiança no mercado de risco se solidifica: as transações aumentam em volume e abrangem uma ampla gama de setores – de inteligência artificial e fintech a biotecnologia e defesa. Ao mesmo tempo, a cautela persiste: o financiamento continua a ser concentrado em um número limitado de projetos mais promissores, evitando o superaquecimento de nichos específicos.
O boom de capital de risco é observado em todas as regiões. Os EUA permanecem liderando, garantindo cerca de dois terços do volume mundial de investimentos (especialmente dominando no setor de IA). No Oriente Médio, os volumes de financiamento dobraram em um ano devido a projetos tecnológicos bilionários nos países do Golfo Pérsico. Na Europa, mudanças estruturais estão em andamento: por exemplo, a Alemanha superou o Reino Unido, pela primeira vez em uma década, em termos de volume total de negócios de capital de risco, embora a participação da Europa no VC global tenha diminuído levemente. A Índia e o Sudeste Asiático mantêm um boom de investimentos sustentado por fundos estrangeiros, enquanto a atividade na China permanece contida devido a restrições internas. As cenas de startups na África e na América Latina também estão se revitalizando, atraindo cada vez mais capital e criando novos centros de crescimento além dos tradicionais hubs de tecnologia. As startups da Rússia e da CEI, por sua vez, buscam desenvolver-se paralelamente ao mercado global: apesar das restrições externas, novos fundos e programas de apoio estão sendo lançados na região.
Abaixo estão as principais tendências e eventos do mercado de venture capital em 16 de setembro de 2025:
- Retorno de megafundos e grandes investidores. Os principais agentes de capital de risco estão criando fundos com tamanhos recordes e aumentando seus investimentos, reabastecendo o mercado com capital e reanimando o apetite por risco.
- Recordes em rodadas de financiamento e uma nova onda de "unicórnios". Transações extraordinariamente grandes neste ano estão elevando as avaliações das startups para níveis sem precedentes, especialmente nos segmentos de inteligência artificial e robótica.
- Revigoramento do mercado de IPOs. Uma série de estreias de empresas de tecnologia na bolsa de valores indica a abertura de uma "janela" para saídas e o retorno da liquidez ao mercado de capital de risco.
- Onda de consolidação e transações de M&A. Grandes fusões, aquisições e investimentos estratégicos estão transformando a indústria, criando novas oportunidades para saídas e crescimento acelerado das empresas.
- Diversificação do foco setorial. Os investidores de capital de risco estão investindo não apenas em IA, mas também em fintech, tecnologias "verdes", biotecnologia, desenvolvimentos de defesa e até em startups de criptomoeda, ampliando os horizontes do mercado.
- Renascença da indústria de criptomoedas. O rali no mercado de ativos digitais trouxe de volta o interesse dos investidores em projetos de blockchain, provocando novas grandes rodadas de financiamento e até mesmo IPOs no setor cripto.
- Boom de investimentos em defesa e espaço. Fatores geopolíticos estão estimulando o influxo de capital em projetos de tecnologia de defesa e aeroespaciais, tornando esses setores uma nova prioridade para os fundos de capital de risco.
- Iniciativas locais na Rússia e na CEI. Novos fundos e propostas de leis estão sendo lançados na região para apoiar startups, enquanto projetos locais começam a atrair capital estrangeiro, integrando-se gradualmente às tendências globais.
Retorno de megafundos: grandes investimentos de volta ao mercado
As maiores empresas de investimento estão retornando ao cenário de capital de risco, sinalizando um novo aumento no apetite por risco. O conglomerado japonês SoftBank está lançando seu terceiro fundo Vision Fund, no valor de aproximadamente US$ 40 bilhões, para investimentos em áreas de ponta (com foco em inteligência artificial e robótica). Fundos soberanos dos países do Golfo Pérsico também estão novamente ativos: eles estão injetando dólares do petróleo em iniciativas tecnológicas e megaprojetos estaduais, criando centros de atração de tecnologia no Oriente Médio. Ao mesmo tempo, um número crescente de novos fundos de capital de risco está sendo criado em todo o mundo, atraindo capital institucional significativo para investimentos em setores de alta tecnologia.
- Veritas Capital Fund IX – US$ 14,4 bilhões. Um fundo americano focado em tecnologia e indústria de defesa, fechou um novo fundo com um valor recorde, demonstrando um alto nível de confiança por parte de grandes investidores institucionais.
- Great Hill Partners IX – US$ 7 bilhões. Um dos maiores fundos de crescimento voltados para empresas de tecnologia, atraiu um capital considerável, superando substancialmente seu tamanho-alvo inicial ao fechar o novo fundo.
É notável que a empresa de capital de risco Andreessen Horowitz também está planejando um megafundo de US$ 20 bilhões, totalmente dedicado a investimentos em empresas na área de IA – caso o financiamento seja bem-sucedido, será o maior fundo da história da empresa. O aumento do influxo de capital proveniente desses “megafundos” resulta em um significativo crescimento do volume de recursos não investidos (“pó de arroz”) no mercado. Isso intensifica a concorrência por melhores startups e mantém altas as avaliações de empresas promissoras. A presença de grandes fundos institucionais fortalece a confiança de que o fluxo de capital para o setor continuará.
Megaradunas em IA e uma nova onda de "unicórnios"
O setor de inteligência artificial e outras tecnologias de ponta continua a ser o principal motor do atual movimento de venture capital, apresentando volumes recordes de financiamento. Investidores buscam posicionar-se entre os líderes do novo ciclo tecnológico, direcionando quantias colossais para os projetos mais promissores. Nas últimas semanas, várias transações recordes confirmaram essa tendência:
- OpenAI (EUA) – US$ 8,3 bilhões. O desenvolvedor de tecnologias de IA atraiu uma das maiores rodadas na história, com uma avaliação de cerca de US$ 300 bilhões. Juntamente com a Microsoft, a empresa está destacando a sua unidade de negócios e se preparando para um IPO.
- Mistral AI (França) – €1,7 bilhões. A startup de IA generativa recebeu um financiamento recorde para a Europa, elevando sua avaliação para €11,7 bilhões. O principal investidor foi a corporação neerlandesa ASML, o que ressalta as ambições da Europa na infraestrutura de IA.
- PsiQuantum (EUA) – US$ 1 bilhão. A startup de computação quântica atraiu o maior investimento em seu segmento com uma avaliação de cerca de US$ 7 bilhões, confirmando a disposição dos investidores em financiar tecnologias além da inteligência artificial clássica.
Novas direções também estão surgindo, capazes de atrair grandes rodadas de financiamento. Por exemplo, a empresa Figure AI (EUA), que desenvolve robôs humanoides, está supostamente em negociações para uma rodada de aproximadamente US$ 1,5 bilhão, com uma avaliação potencial de cerca de US$ 40 bilhões – um nível sem precedentes para uma startup de robótica. Essas megamaduras estão formando uma nova geração de "unicórnios" e acelerando a emergência de líderes tecnológicos do futuro. Apesar dos alertas sobre um possível superaquecimento do mercado, o apetite dos investidores por projetos de ponta permanece elevado. Observa-se que não somente produtos de IA aplicados são financiados, mas também a infraestrutura necessária – chips especializados, plataformas em nuvem e soluções de armazenamento de dados são essenciais para escalar o ecossistema de IA.
O mercado de IPOs se revigora: janela para saídas está aberta
Após a queda de 2022–2023, o mercado de IPO novamente demonstra sinais de vida. Estreias bem-sucedidas de várias empresas de tecnologia mostraram que os investidores estão prontos para adquirir ações de startups em rápido crescimento a altas avaliações. Uma nova onda de estreias na bolsa reforça a confiança dos fundos de capital de risco nas possibilidades de saídas lucrativas.
- Chime. O "unicórnio" fintech americano (neobanco) estreou na Nasdaq em junho; o preço das ações disparou 30% no primeiro dia de negociação, confirmando a alta demanda dos investidores por empresas fintech promissoras.
- Klarna. O gigante sueco de fintech estreou na Bolsa de Valores de Nova York, tornando-se um dos primeiros "unicórnios" europeus a se listar nos EUA após uma longa pausa. As ações foram vendidas acima da faixa inicial e, nas primeiras horas de negociação, valorizaram-se em mais de 25%.
- Via. O desenvolvedor americano de tecnologias para transporte público atraiu cerca de US$ 493 milhões durante um IPO na NYSE, obtendo uma avaliação de cerca de US$ 3,5 bilhões. Esse debut mostrou a disposição do mercado de investir em novos segmentos de serviços de transporte.
O sucesso dessas ofertas indica o retorno da liquidez ao mercado de capital de risco. Após os primeiros "sinais" de saída para o mercado, outras grandes startups estão se preparando para abrir capital – desde o serviço de pagamentos americano Stripe (segundo informações da mídia, já submeteu um pedido confidencial para um IPO) até empresas de IA altamente avaliadas como a Databricks. A renovação da atividade de IPO é extremamente importante para todo o ecossistema: saídas bem-sucedidas permitem que os fundos de capital de risco realizem lucros e direcionem os recursos liberados para novos projetos, alimentando o próximo ciclo de crescimento.
Onda de fusões e aquisições (M&A)
Altas avaliações de startups e intensa concorrência por mercados estão empurrando a indústria para uma nova onda de consolidação. Grandes corporações de tecnologia estão novamente dispostas a gastar bilhões em aquisições estratégicas, a fim de fortalecer suas posições e obter inovações de ponta. Uma série de negociações de M&A de destaque nos últimos meses confirma essa tendência:
- Google → Wiz — ~$32 bilhões. A corporação Alphabet adquiriu uma startup israelense de nuvem na área de cibersegurança para fortalecer suas capacidades na proteção de dados e serviços em nuvem.
- SoftBank → Ampere — ~$6,5 bilhões. O conglomerado japonês comprou o desenvolvedor americano de processadores de servidores Ampere Computing, visando se tornar líder no segmento de chips para data centers em nuvem e corporativos.
A ativação das transações de aquisição altera a dinâmica da indústria. Startups maduras se unem ou se tornam alvos de corporações. Para os investidores de capital de risco, isso abre oportunidades de saídas esperadas através da venda de empresas do portfólio a jogadores estratégicos. Ao mesmo tempo, a consolidação permite a remoção de players excessivos do mercado e concentra os recursos nas áreas mais promissoras.
Diversificação: fintech, biotecnologia e projetos "verdes"
Os investimentos de capital de risco em 2025 já não estão concentrados exclusivamente em IA – o capital flui ativamente para outros setores. Após a queda do ano passado, o fintech volta a ganhar força: grandes startups de tecnologia financeira estão atraindo montantes significativos e retomando parcerias com bancos. Paralelamente, cresce o interesse por projetos climáticos e ecológicos – desde energia renovável e sistemas de armazenamento de energia até veículos elétricos e tecnologias de redução da pegada de carbono. O apetite por biotecnologia também está gradualmente retornando: o surgimento de novos medicamentos e serviços médicos digitais novamente atrai capital à medida que as avaliações das empresas no setor se recuperam.
Exemplos recentes de grandes transações fora do setor de IA comprovam a amplitude do mercado de capital de risco:
- Kriya Therapeutics – US$ 320 milhões. A startup americana de biotecnologia, especializada em terapia genética, atraiu US$ 320 milhões em uma rodada série D.
- Odyssey Therapeutics – US$ 213 milhões. A empresa biofarmacêutica, desenvolvendo novos tratamentos para doenças graves, recebeu US$ 213 milhões em investimentos em uma rodada D.
- Nitricity – US$ 50 milhões. A startup californiana de tecnologias ecológicas recebeu US$ 50 milhões para desenvolver uma tecnologia inovadora de produção de fertilizantes com zero emissões.
A expansão do foco setorial torna o ecossistema de startups mais robusto, diminuindo o risco de superaquecimento em nichos específicos. Investidores estão intencionalmente buscando novos pontos de crescimento além da extremamente popular IA, o que está contribuindo para o surgimento de empresas promissoras em diversas áreas.
Renascença da indústria de criptomoedas
O mercado de ativos digitais na segunda metade de 2025 está vivenciando um novo boom, o que renova o interesse do capital de risco em startups cripto. O Bitcoin já ultrapassou a marca histórica de US$ 120 mil, estabelecendo um novo recorde, e, em sua esteira, os preços das principais altcoins também estão disparando. Há um ano, o setor de blockchain enfrentava uma crise de confiança e forte pressão regulatória, mas o rali atual mudou radicalmente a percepção dos investidores.
Grandes fundos, que anteriormente haviam suspenso investimentos em projetos cripto, estão novamente entrando nesse mercado. Rodadas de financiamento de grande escala estão sendo registradas, e alguns jogadores até estão fazendo IPO. Por exemplo:
- Circle. A empresa fintech do setor de moedas digitais realizou um IPO bem-sucedido, tornando-se uma das primeiras grandes empresas "crypto-friendly" na bolsa.
- Gemini. A exchange de criptomoedas atraiu US$ 50 milhões da divisão Nasdaq Ventures antes de seu próprio IPO.
- BlackRock. O gigante de investimentos lançou um fundo operacional (ETF) vinculado ao Bitcoin, marcando um importante sinal de reconhecimento institucional dos ativos cripto.
Todos esses eventos demonstram que a indústria de blockchain está sendo novamente vista pelos investidores como uma direção promissora de crescimento.
Tecnologias de defesa e espaço em destaque
A tensão geopolítica dos últimos anos resultou em um crescimento sem precedentes dos investimentos em setores de defesa e aeroespacial. Os investimentos em startups de tecnologia de defesa cresceram exponencialmente: rodadas grandes, como os ~US$ 2,5 bilhões que a empresa americana Anduril levantou, demonstram a disposição do capital de risco em financiar projetos na área de segurança. Investidores (e, em alguns casos, governos) estão ativamente apoiando desenvolvimentos de drones, cibersegurança, sistemas de IA militar, além de novas programações espaciais e plataformas de satélites.
Os setores de defesa e espaço rapidamente se tornam uma nova prioridade para os fundos de capital de risco. Nos EUA, surgiram alguns "unicórnios" na área de tecnologias aeroespaciais, enquanto startups de defesa na Europa receberam um influxo significativo de capital em meio à mudança geopolítica. Por exemplo, o fabricante californiano de plataformas de satélites padronizadas Apex atraiu US$ 200 milhões em uma rodada D para acelerar a produção em massa de naves espaciais para atender a uma demanda crescente. De modo geral, os investimentos de capital de risco em setores "fortes" prometem não apenas ganhos comerciais, mas também vantagens estratégicas, tornando-os atraentes até mesmo para investidores relativamente conservadores.
Rússia e CEI: tendências locais em um mercado global
Apesar das restrições externas, a cena de startups na Rússia e em países vizinhos está se desenvolvendo paralelamente às tendências globais. Em 2025, novos recursos de capital e iniciativas para apoiar negócios tecnológicos surgiram na região:
- Novos fundos. Na Rússia, começou a operar o fundo privado Nova VC (cerca de 10 bilhões de rublos), e em Tatarstão foi criado um fundo de capital de risco setorial chamado "Nova Indústria Química" (~5 bilhões de rublos) para financiar projetos de inovação regionais.
- Apoio estatal. As autoridades estão discutindo uma lei específica sobre investimentos de capital de risco. Entre os objetivos declarados está o estímulo à inovação e o aumento dos gastos em P&D para 2% do PIB até 2030 (quase o dobro do nível atual).
- Sucesso internacional. Apesar das barreiras sancionatórias, equipes da CEI continuam a atrair investimentos no exterior. Por exemplo, o serviço de aprendizado de máquina Vocal Image, fundado por expatriados bielorrussos e operando na Estônia, recebeu ~US$ 3,6 milhões de um fundo de capital de risco francês – provando que projetos promissores da região podem encontrar apoio na arena global.
Embora os volumes de investimento em capital de risco na Rússia e na CEI ainda estejam abaixo dos líderes globais, todos os elementos necessários para uma ecossistema estão emergindo: fundos locais, aceleradores, programas governamentais e parcerias internacionais. Isso cria uma base para o surgimento de seus próprios "unicórnios" e uma integração mais profunda das startups regionais na agenda tecnológica global.