
Notícias sobre startups e investimentos de risco — quarta-feira, 29 de outubro de 2025: megarrondas em IA, boom de startups climáticas, tecnologias de defesa e nova onda de IPOs
Até o final de outubro de 2025, o mercado global de venture capital continua a ganhar impulso após um período de desaceleração. Investidores ao redor do mundo estão novamente financiando ativamente startups tecnológicas — estão sendo realizados recordes em rodadas de financiamento, e os planos de abertura de capital das empresas (IPO) estão mais uma vez no centro das atenções. Os principais players estão retornando à arena com investimentos em larga escala, enquanto governos de diferentes países intensificam o apoio às inovações. Como resultado, o capital privado flui para os ecossistemas de startups em todo o mundo, fornecendo recursos para um novo ciclo de crescimento.
A atividade de venture capital está crescendo em todas as regiões. Os Estados Unidos lideram com confiança (especialmente no setor de inteligência artificial), no Oriente Médio, os volumes de investimento em startups estão estabelecendo recordes, e na Europa, a Alemanha superou o Reino Unido pela primeira vez em número de negócios de venture capital. Na Índia, Sudeste Asiático e países do Golfo Pérsico, estão sendo atraídos volumes recordes de capital, enquanto que a atividade na China sofre um leve declínio. Centros tecnológicos próprios estão se formando tanto na África quanto na América Latina (por exemplo, na África, recentemente houve o maior investimento de cerca de US$ 100 milhões no setor de mobilidade elétrica). Os ecossistemas de startups na Rússia e nos países da CEI também se esforçam para não ficar para trás, apesar das limitações externas. Um boom global de venture capital em estágios iniciais está se formando, embora os investidores ainda atuem de forma seletiva e cautelosa.
Abaixo estão os eventos e tendências-chave que estão moldando a agenda do mercado de venture capital em 29 de outubro de 2025:
- Retorno dos megafundos e grandes investidores. Os principais fundos de venture capital estão atraindo volumes de capital sem precedentes e aumentando rapidamente os investimentos, saturando o mercado com liquidez e alimentando o apetite por risco.
- Rodadas recordes no setor de IA e uma nova onda de unicórnios. Negócios sem precedentes estão elevando as avaliações das startups a alturas inéditas, especialmente no segmento de inteligência artificial, gerando novos “unicórnios”.
- Revitalização do mercado de IPOs. Saídas bem-sucedidas de empresas tecnológicas e novos pedidos de listagem confirmam que a tão esperada "janela" para saídas foi reaberta.
- Diversificação do foco setorial. O capital de risco está sendo direcionado não somente para IA, mas também para fintech, projetos climáticos, biotecnologia, desenvolvimentos de defesa e até mesmo startups de criptomoedas.
- Uma onda de consolidação e acordos de M&A. Novas fusões, aquisições e investimentos estratégicos estão reformulando a paisagem da indústria, criando oportunidades para saídas e crescimento acelerado.
- Foco local: Rússia e CEI. Apesar das restrições, novas iniciativas e fundos estão sendo lançados na região para desenvolver ecossistemas locais de startups, atraindo a atenção dos investidores.
Retorno dos megafundos: grandes capitais novamente no mercado
Os maiores players de investimento estão fazendo um retorno triunfal à cena de venture capital, indicando um novo aumento do apetite por risco. O conglomerado japonês SoftBank, por exemplo, anunciou a criação de um novo fundo, o Vision Fund III, com um volume de cerca de US$ 40 bilhões, focado em tecnologias avançadas (incluindo inteligência artificial e robótica). Fundos soberanos dos países do Golfo Pérsico também se tornaram mais ativos: estão injetando bilhões de dólares em projetos tecnológicos e desenvolvendo megaprogramas governamentais para apoiar o setor de startups, formando seus próprios polos tecnológicos no Oriente Médio. Simultaneamente, uma série de novos fundos de investimento de risco estão surgindo mundialmente, atraindo capital institucional significativo para investimentos em setores de alta tecnologia.
Empresas renomadas do Vale do Silício também estão expandindo sua presença. No setor de venture capital americano, os fundos acumularam reservas sem precedentes de capital não investido ("pólvora seca") — centenas de bilhões de dólares, prontos para serem utilizados à medida que a confiança no mercado cresce. A entrada de "grandes capitais" está preenchendo o mercado de startups com liquidez, garantindo financiamento para novas rodadas e sustentando o crescimento das avaliações de empresas promissoras. O retorno dos megafundos e grandes investidores institucionais não apenas acirra a concorrência por melhores negócios, mas também inspira confiança no setor sobre a continuidade da entrada de capital.
Investimentos recordes em IA e uma nova onda de unicórnios
O setor de inteligência artificial se destaca como o principal motor do atual ciclo de venture capital, apresentando volumes recordes de financiamento. Investidores de risco estão se esforçando para posicionar-se entre os líderes desse setor, dirigindo recursos colossais aos projetos de IA mais promissores. Por exemplo, a startup xAI, sob a liderança de Elon Musk, atraiu cerca de US$ 10 bilhões, e a OpenAI obteve cerca de US$ 8 bilhões, avaliando sua capitalização em aproximadamente US$ 300 bilhões — ambas as rodadas foram significativamente superavitadas, ressaltando a euforia em torno das empresas de IA. É notável que os investimentos não estão se direcionando apenas para aplicações finais baseadas em IA, mas também para a infraestrutura: o mercado está disposto a financiar até mesmo "pás e picaretas" para o novo ecossistema de IA, como startups na área de armazenamento de dados e produção de chips para IA.
O atual boom de investimentos está gerando uma onda de novos "unicórnios" — startups com avaliações superiores a US$ 1 bilhão. Embora especialistas alertem para o risco de superaquecimento e a formação de uma "bolha de hype" ao redor da IA, o apetite dos investidores por startups de IA ainda não diminui. Entretanto, a crescente concentração de capital em um pequeno grupo de líderes levanta preocupações: o mercado está se tornando "bicampeão", onde as empresas de IA bem-sucedidas atraem a maior parte dos recursos, enquanto muitas startups menos conhecidas fora do setor de IA têm mais dificuldade em financiar-se.
Mercado de IPOs se revitaliza: janela de oportunidades para saídas
O mercado global de ofertas públicas iniciais está emergindo do silêncio e ganhando tração. Na Ásia, Hong Kong lançou uma nova onda de IPOs: nas últimas semanas, várias grandes empresas tecnológicas foram listadas, totalizando bilhões de dólares em investimentos. Por exemplo, o fabricante chinês de baterias CATL conseguiu listar suas ações por aproximadamente US$ 5 bilhões, demonstrando que os investidores na região estão novamente prontos para participar ativamente destes IPOs.
Nos EUA e na Europa, a situação também está melhorando significativamente. O unicórnio do fintech americano Chime recentemente fez sua estréia na bolsa, e suas ações subiram cerca de 30% no primeiro dia de negociação. Seguindo, a plataforma de design Figma realizou seu IPO, atraindo cerca de US$ 1,2 bilhões com uma avaliação em torno de US$ 15–20 bilhões; as cotações da Figma também subiram com segurança nos primeiros dias. No segundo semestre de 2025, outras startups bem conhecidas, incluindo o serviço de pagamentos Stripe e a plataforma tecnológica de viagens Navan, que planeja atrair cerca de US$ 1 bilhão, estão se preparando para a abertura de capital. Até mesmo representantes da indústria cripto estão tentando aproveitar a revitalização: por exemplo, a empresa financeira Circle saiu com sucesso na bolsa no verão (suas ações aumentaram significativamente depois), e a exchange de criptomoedas Bullish apresentou um pedido de listagem nos EUA com uma avaliação alvo em torno de US$ 4 bilhões.
O retorno da atividade no mercado de IPO é extremamente importante para o ecossistema de venture capital: saídas públicas bem-sucedidas permitem que os fundos de investimento capturem lucros e redirecionem o capital liberado para novos projetos. De acordo com analistas do setor, até o final de outubro, o número de IPOs no mercado americano desde o início do ano aumentou em quase 60% em relação ao ano anterior. Isso confirma que a "janela de oportunidades" para saídas está aberta, e os investidores estão prontos para receber novas empresas públicas mais uma vez.
Diversificação de investimentos: não apenas IA
Em 2025, os investimentos de venture capital abrangem um espectro cada vez mais amplo de setores e não se limitam apenas à inteligência artificial. Após uma desaceleração no ano passado, o setor de fintech está ressurgindo: grandes rodadas de financiamento estão ocorrendo não apenas nos EUA, mas também na Europa e nos mercados emergentes, alimentando o crescimento de novos serviços financeiros. Ao mesmo tempo, o interesse por tecnologias climáticas e projetos "verdes" está crescendo — esse segmento está atraindo investimentos recordes na onda da tendência global de desenvolvimento sustentável. Somente nos primeiros nove meses de 2025, mais de US$ 50 bilhões foram investidos em startups climáticas e de energia limpa, superando o volume total do ano de 2024.
O apetite por biotecnologia também está voltando: o surgimento de novos medicamentos e plataformas médicas online está novamente atraindo capital à medida que o setor emerge de um período de redução de avaliações. Além disso, com o aumento do foco em segurança, os investidores estão apoiando ativamente projetos tecnológicos de defesa — startups relacionadas a defesa e cibersegurança estão ganhando destaque na agenda de venture capital. Finalmente, a recuperação parcial da confiança no mercado de criptomoedas permitiu que algumas startups de blockchain conseguissem financiamento novamente. A expansão do foco setorial torna toda a cena de startups mais resiliente e reduz o risco de superaquecimento de segmentos específicos da economia.
Consolidação e acordos de M&A: crescimento de grandes players
Altas avaliações de startups e forte concorrência por mercados estão impulsionando a indústria em direção à consolidação. Grandes negócios de fusões e aquisições estão novamente em ascensão, reformulando o equilíbrio de poder. Por exemplo, a corporação Google, segundo relatórios, concordou em adquirir a startup de cibersegurança israelense Wiz por cerca de US$ 32 bilhões — um valor recorde para o setor tecnológico israelense. Essas megatransações demonstram o desejo dos gigantes tecnológicos de adquirir tecnologias e talentos essenciais.
No geral, a atual atividade em aquisições e grandes transações estratégicas indica a maturidade do mercado. Startups maduras estão se fundindo ou se tornando alvos de aquisição por corporações, enquanto investidores de risco obtêm as tão esperadas saídas lucrativas. Por exemplo, o fundador da plataforma de blockchain Polymarket, Shane Coplan, vendeu sua participação na empresa por US$ 2 bilhões a um investidor estratégico (proprietário da Bolsa de Valores de Nova York), avaliando a startup em US$ 8 bilhões e fazendo de Coplan o bilionário self-made mais jovem do mundo. Além disso, a AMD fechou um acordo de bilhões de dólares com a OpenAI — fornecendo chips especializados para IA e recebendo uma opção de participação, demonstrando um novo formato de parceria entre grandes corporações e startups.
A onda de consolidação abrange vários setores: desde fintech até saúde, de inteligência artificial a defesa. Grandes fundos de venture capital e investidores também estão participando desses negócios, buscando garantir lucros e redirecionar capital para novos projetos promissores. Como resultado, o aumento da concentração de players cria condições para um crescimento mais sustentável: as empresas mais fortes têm acesso aos recursos e tecnologias umas das outras, e os investidores — uma saída de seus investimentos e a oportunidade de reinvestir fundos.
Rússia e CEI: iniciativas locais em meio a tendências globais
Apesar das limitações externas, a Rússia e os países vizinhos estão vendo um renascimento da atividade de startups. Em particular, foram anunciados o lançamento de vários novos fundos de venture capital com um volume total de cerca de 10 a 15 bilhões de rublos, destinados a apoiar projetos tecnológicos em estágios iniciais. Startups locais estão começando a atrair capital sério: por exemplo, a startup de foodtech Qummy de Krasnodar recentemente levantou 440 milhões de rublos em investimentos com uma avaliação de cerca de 2,4 bilhões de rublos. Além disso, autoridades estão tomando medidas para estimular o mercado: o Ministério das Finanças da Federação Russa anunciou planos para exigir que grandes empresas estatais invistam em startups como uma espécie de “anjos investidores”, direcionando parte dos recursos corporativos para apoiar inovações.
Algumas grandes empresas também estão considerando abrir suas divisões tecnológicas na bolsa assim que a conjuntura do mercado melhorar — por exemplo, a VK Tech considerou a possibilidade de um IPO em um futuro próximo. É notável que na Rússia foi novamente permitido que investidores estrangeiros investissem em projetos locais, o que gradualmente está retornando o interesse do capital externo. Embora os volumes de investimentos em venture capital na região ainda sejam modestos em comparação com os globais, eles estão crescendo de forma constante. Novas medidas de apoio governamentais e iniciativas corporativas têm como objetivo dar um impulso adicional à cena local de startups e integrá-la nas tendências globais.
Otimismo cauteloso e crescimento de qualidade
Até o final de outubro de 2025, o mercado de venture capital demonstra sentimentos moderadamente otimistas: IPOs bem-sucedidos e grandes transações confirmam que o período de desaceleração ficou para trás. No entanto, os investidores ainda são seletivos em seus investimentos, preferindo startups com modelos de negócios sustentáveis. Enormes injeções de capital no setor de IA e outras indústrias geram confiança nas perspectivas futuras, mas os fundos estão se esforçando para diversificar seus portfólios e controlar melhor os riscos, para que o novo crescimento não evolua para um superaquecimento. Assim, o setor está entrando em uma nova fase de desenvolvimento, com foco em um crescimento qualitativo e equilibrado. Se não houver perturbações externas, o atual impulso de venture capital tem a chance de transitar suavemente para 2026, continuando a oferecer novas oportunidades para os investidores.